REAÇÃO AO DEBATE "AS RAZÕES DO ÓDIO" POR LUIZ FELIPE PONDÉ...

Questões tão profundas quanto emoções devem nos levar a dimensões que considerem nossas raízes, tanto da identidade quanto das raízes dos desacertos na existência. Tantos males nos reportam a alguma raiz destes males todos e seu contraponto, o bem. E devemos ter em mente que tanto a raiz deste mal não temos solucionado, nem o acesso a raiz do bem. Vagamos nas tentativas e procurando dirigir as tempestades na superfície conforme surgem, tanto nas tentativas de superação do mal, quanto do bom uso do bem. Mas não estamos lidando adequadamente com estes elementos uma vez que acabam por ser maiores que o próprio ser humano e fazer sucumbir por motivações do ódio ou do amor, causas mais diversas, algumas nobres outras bizarras, mas nunca temos uma direção adequada para lidar com estes campos. Apenas temos visto o ser conduzido pelas mais variadas circunstâncias dentro desta esfera das emoções, tanto do ódio quanto do amor. Necessitamos de elementos maiores que nós mesmos, e de elementos maiores que o próprio mal e que o próprio bem. Necessitamos perceber que este ELEMENTO não é o ser humano, não é o bem nem o mal, me refiro ao SER que por existir e nos tem chamado a ouví-lO para aprendendo com ELE, possamos saber das origens do mal, das estruturas do ser, do uso adequado das emoções sob estruturas preparadas para este tipo de construção que a partir deste SER somos ensinados a construir. Infelizmente este SER é tido como terceirizado por religiões, por fenômenos filosóficos ou teológicos, mas pouco se tem percebido este SER como um SER que intervém e tem seus dizeres a humanidade para trazer condições de VIDA para o ser humano. Infelizmente esta reflexão é tão ampla quanto em oposição a ela é obtusa a abertura para lidar desta forma, sem a domesticação cultural, religiosa, social, etc., a que tem sido atirada esta reflexão. Enquanto lidarmos com nossos sentimentos a partir do ser humano, a partir dos próprios sentimentos apenas, estaremos apenas criando novos paliativos e formas até interessantes e novas de ver a mesma situação e que podem dar alguma sensação de superação, mas já possuímos história suficiente para observarmos a nós mesmos e admitir esta nova via que considere o falar deste SER sob ouvidos humildes do ser humano. Evidente que esta abordagem traz um problema grave que é o próprio ser humano que tem algum tipo de obstinação em não permitir justamente esta voz. É bom falar em Deus, mas não é bom deixas DEUS falar. Talvez em algum tempo possam surgir elementos que permitam tratar a humanidade sob esta via. Mas com elementos também criados, como tenho trabalhado na questão, que tenho chamado de "assédio espiritual", para que possamos ter isenção para ouvir o SER, sem que o ser humano seja tolhido de suas características, mas que permita ouvir os argumentos do SER. Evidentemente que este SER a semelhança de nossa própria identidade, ao FALAR utiliza a via da comunicação e por utilizar-se desta ciência, utiliza-se também de todas as regras fundamentais da hermenêutica e da exegese, das vias básicas da comunicação aberta, ampla para com o ser humano, utilizando a via de contato que a história tem sido testemunha, no uso de PALAVRAS, contidas no importante documento que chamamos de Bíblia. Tal afirmação antes de ser considerada, precisa passar pelo processo de limpeza, do conceito, uma vez que são vários elementos que impedem uma reflexão mais profunda sobre este Texto, por termos sido alvos de interferência religiosa como um tipo de guardiã oficial destas PALAVRAS e estas instituições, mais contribuíram para lhe desautorizar a autoridade, pois no uso e atributo de suas autoridades constituídas, usurparam e alteraram suas PALAVRAS, fazendo o ser humano cultivar um tipo de aversão crônica e aguda contra o ELEMENTO que estava aparentemente atrelado as religiões, o SER, então o ELEMENTO, então O DEUS. Assim, estou vivendo esta proposta procurando fazer surgir uma ciência que procure manter um diálogo aberto com o SER e lhE dar ouvidos quanto aos seus argumentos que nos dizem respeito profundamente... Obrigado... Heber www.ibtrindade.org