Bíblia de Estudos e-Sword

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quanto ao ser...

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas,
rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para
projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para
reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a
proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões
intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e
regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que
apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros
do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos
a limpo".
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso
cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade
que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha
alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se
considera eleita antes da hora,
não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos
marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse
amor absolutamente sem
fraudes nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.
Basta o essencial.

RUBEM ALVES.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Compondo a VIDA...

Compondo a VIDA:
Quando um leitor se torna um pesquisador e então distinguido pelos atributos básicos desta atividade que podemos resumir em dois: Amor a Verdade e Flexibilidade, sem os quais não se tornaria um pesquisador. Neste processo mais amplo e mais completo da função surge um apelo para que de mais um passo, o do envolvimento com o que pesquisa, passando para um processo experiencial. Nesta dimensão ocupam nossas reflexões temas que são vitais ao ser, tão vitais quanto a VIDA.
Estas reflexões tem fundamento em Jesus Cristo, não por opção religiosa, mas por puro ato de um leitor-pesquisador-experiencial, cujo testemunho máximo encontra registro nas páginas do Livro que para isso se designa, a Bíblia. Ao examinar seu conteúdo, o óbvio se torna então evidente, estamos diante de um fundamento distinto como de uma Revelação, recebida de Alguém, que notavelmente se move no espaço/tempo/história, deixando sua Marca também na unidade de sua Fala.
Assim temos o fenômeno do Movimento do Eterno se realizando dentro do que é espaço/tempo/história então dentro do universo finito, material, temporal e temporário, por tal ato do ETERNO, temos em Seu mover a transmissão do elemento básico que há nELE mesmo, a VIDA que é insuflada no puramente material, inerte, sem vida em si mesmo, mas que passa a receber este dom daquele que É, do ETERNO.
O material em si mesmo, em toda sua complexidade foi assim preparado para receber o dom da VIDA, em si mesmo o que é material não tem tal dom, mas é apto pelo próprio Criador a receber tal dom da VIDA. O mover de Deus pela dimensão ETERNA, faz por SUA PALAVRA, então na expressão de SUA VONTADE ocorrer tudo que entende por bem ocorrer como é próprio da essência, da pureza, do significado da VIDA. Assim tudo recebe esta dádiva e inicia seu processo na existência.
Paulo refere-se a estas dimensões ao escrever: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas” (Romanos 11:36). Tudo que há assim o é, por ter sido agraciado então por Sua Graça são o que são e igualmente são aperfeiçoados no seu mover pelo espaço/tempo/história, assim referindo-se a esta dádiva, diz o ETERNO a Paulo: “A minha Graça te basta” (2 Coríntios 12:9). Dando, a saber, ao ser humano que é no ETERNO que tudo pode ter seu legítimo e digno existir. Em DEUS somente que tudo veio a ser o que é, tudo tem vida e pode desenvolver-se corretamente na conformação contínua a Sua Palavra, mesmo tendo a criação dado a criatura um aspecto tão peculiar quanto o desenvolver-se a si mesmo paralelamente e de certa forma paradoxal para a reflexão humana uma semelhança de certa capacitação para continuidade em que sua identidade é mantida com uma solução para si mesma. Algo tão digno que pode ser afetado por uma escolha equivocada se assim preferir ou tão somente por engano adentrar por tais vias.
A afirmação que Paulo registra acima nos serve de alento como de alerta, pois o estar NELE é manter o sistema de VIDA com VIDA e então ter VIDA. A Inteligência, criatividade e o aspecto de solução de existir em si mesmo com liberdade que há no ser humano, mesmo com suas limitações e então superficiais formas de perceber a existência, podem ser apelos constantes para a permanência nELE continuamente. Mas pode igualmente ocorrer pela abrangência destas permissões da liberdade, o ser, ser traído por sua própria condição se neste mover da existência, tender para si mesmo e volitivamente optar por viver a parte das diretrizes do CRIADOR, o que resultará em um desajuste nas estruturas fundamentais da VIDA e as continuidades serão afetadas em seus propósitos últimos.
Expressões como “Estar nele” (1 João 2:6), “em Cristo” (1 Pedro 5:10) e “com Cristo” (Colossenses 3:1), que estão em diversas partes da Palavra do ETERNO, nos indicam uma relação VITAL para que estas estruturas se mantenham íntegras e possíveis de se conduzir em suas liberdades nos devidos propósitos dignos para os quais existimos.
Confundir a dádiva da VIDA e do MOVER de DEUS que está NELE com seus resultados nos elementos criados que recebem DELE a VIDA e o movimento é o equívoco que o ser humano é advertido a não cometer. No entanto é possível cometê-lo, neste caso somente o ser humano por suas características e atributos de pessoa pode transferir para os próprios elementos observados quanto para si mesmo a referência última do existir. Tais referências vitais contidas por dom do CRIADOR aos elementos materiais do universo, e estes exercendo suas atividades naturais para as quais foram criados, podem ser interpretadas pela condição livre do ser humano como além de seus valores, e neste ponto hermenêutico antropocêntrico ou cosmo-cêntrico pode dar a inteligência do ser razões que podem ser defendidas a partir deste ponto de referência e provadas na observação do próprio universo. Fator este que será observado por todos, mas embora observável, não corresponderá com a VERDADE última que lhes atribuiu estes elementos VITAIS que transcendem a eles mesmos. Desta forma aquiescente o ser humano pode criar uma nova interpretação da existência e permanecer usufruindo de todas as qualidades da VIDA, mas sem atribuir ao AUTOR da VIDA sua linha de relação, cortando-a por um ato bastante simplório, mas o suficiente para cortar esta relação VITAL embora desfrutando dos atributos vitais dados como dons a todos os elementos pelo próprio AUTOR de tudo.
Embora tudo tenha seu valor, os elementos outros do universo a parte do ser humano lhe são inferiores, mas recebendo do ser humano a honra que deveria ser devida ao CRIADOR, o ser humano comete um equivoco VITAL ou fatal, quanto rompe com o CRIADOR no campo de profundidade elementar da VIDA, nos lugares separados para tais reflexões em seu ser que passam a ser ocupados por outros acordos a partir de sua própria elaboração, corroborados por uma soma de esforços de mesma linha de pensamento que podem ser denominados conforme o próprio ser humano mesmo entenda que convenha, como por exemplo em campos denominados como ciência, filosofia, teologia, sociologia, etc. Assim trabalhando como uma nova forma de construir a existência a partir de suas próprias conclusões e permissões e mesmo reconhecimentos e premiações, agraciamentos e graus de aferições com outorgar de autoridades a partir de comissionamento humano, não se passará muito até que se tenha uma nova mentalidade sendo formatada a partir destes novos e artificiais critérios.
Mas a partir do momento que pela influência do próprio ETERNO que em SEU mover se mantém junto ao ser humano por SUA própria condição de SER quem É, e por SUA PALAVRA sendo a condução VITAL, e então por SUA GRAÇA que tem o endereço do profundo do ser e neste profundo do ser anuncia-sE como sendo quem É e organiza ao profundo do ser o testemunho da VERDADE a respeito de tudo, torna o ser possível de ser como ELE É, no sentido da identificação e da vontade, dando a este a capacidade de perceber quem de fato é, o que é natural a este ser como condutor da experiência da vida sob a diretriz da ORIENTAÇÃO LEGAL do AUTOR do universo, e ter os critérios ajustados por ELE, então sob o que é justo para tudo, se permitindo a si mesmo estar NELE, com ELE e para ELE, se move igualmente em meio a toda a estrutura que tem seu propósito temporário, mas se moverá com percepções tais que transcendam ao próprio ser, ao universo, e se instalará continuamente no ETERNO, dando a si mesmo uma nova, mas que de fato é a original qualificação para existir e VIVER.
Tais reflexões são iniciadas pelo apelo que a vida traz em sim mesma para se conduzir com a habilidade e então a sabedoria que necessitamos para tal. Evidente que a condução como afirmado na Palavra do ETERNO é dinâmica e então de movimento constante e eterno que tem início nesta dimensão mas que não se delimita quando dimensionada nesta conjunção PESSOA-pessoa, entre o ETERNO e o ser humano a partir desta relação que se estabelece com por ELE, por meio DELE e para ELE somente.
Talvez seja necessário devido a esta quase inerente facilidade de alteração da reflexão para com a VERDADE, onde o ser humano habilmente ou fragilmente se permitiu criar dimensões de formatos com nomenclaturas e práticas religiosas que lhe podem igualmente como afirmadas acima, ser o substituto plausível para sua inteligência e criatividade como legítimos para conduzir o ser humano nestas dimensões, mas que não correspondem igualmente com a VERDADE da relação.
Talvez então quando o ser humano se permitir mover somente pela PALAVRA DO ETERNO, e perceber que todas as formas fora da PALAVRA DO ETERNO não têm o valor que lhe atribui como suficientes para lhe conduzir como e igual a PALAVRA, então a partir desta reflexão esvaziada de todo seu criativo e bem elaborado modo ou forma de tratar destas questões e somente permitir então a PALAVRA e ao que lhe É AUTOR lhe dar as diretrizes, então e somente então, se estará no início da mais bendita caminhada que o ser jamais poderia sequer imaginar ou pensar.
Neste ponto a reflexão do Salmo 119 fala por si mesma ao apontar para a própria e única Palavra a ser observada na existência como diretriz última ao ser.
O testemunho que o ETERNO dá de SI mesmo e então o Salmo 19, que nos conduz a reflexão em duas partes, onde na primeira o ETERNO afirma-se como o CRIADOR, e então uma argumentação evidente pela própria criação, mas não para provar sobre ELE, o que não é possível, mas para argumentar como ser a respeito de SI mesmo e seu amor em lidar dando ao ser uma oportunidade para pensar sobre. E então no segundo momento do Salmo 19 aponta para sua própria Palavra onde esta se torna o argumento para a intimidade, a porta para o íntimo do ser e o coração do ETERNO.
O testemunho PESSOAL então onde a Palavra se faz Pessoa, conforme se apresenta o ETERNO na PESSOA de JESUS, o PROMETIDO dELE mesmo, conforme relata a PALAVRA em João 1:1-14.
E o convite para que sejamos participantes deste status de ser é explícito da parte do próprio Criador em vários momentos dentro da existência como podemos observar os exemplos nos registros abaixo:
- “Onde estás?” – Genesis 3:9.
- “Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que misturei” – Provérbios 9:5.
- “Vinde, pois e pensemos juntos” – Isaías 1:18 (Paráfrase a partir do significado do hebraico).
- “Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” – Isaías 55:1.
- “Jesus exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba” – João 7:37.
- “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” – Mateus 11:28.

Fica evidente que o problema humano não é que sua inteligência não consiga entender as propostas explícitas do ETERNO, mas como Jesus Cristo tratando sobre este assunto afirma no texto abaixo onde resume praticamente toda intenção do CRIADOR e a condição humana frente aos atos do CRIADOR em CRISTO:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.” (João 3:16-19).
Deus abençoe a todos...
Heber Zenun
(Pastor, professor, escritor e theoterapeuta).

sexta-feira, 2 de julho de 2010

E agora ... pós copa ...

Parece haver um tipo de onipotência onipresença onisciencia, no esporte. Tais conceitos não são estranhos ao ser humano. Basta reorientar..

Entre o frenesi da vitória e depressão da derrota, seria saudável ter uma base firme para dar a vida a base adequada: DEUS intrínceco ao ser...