Bíblia de Estudos e-Sword

domingo, 14 de novembro de 2010

PUC-SP Colóquio sobre Ciência da Religião - Reação ao encontro.

Realizado na PUC-SP no último dia 11/11, por 8 horas estivemos diante de uma grande oportunidade para tratar temas em profundidade da espiritualidade, religiosidade humana em suas mais diversas manifestações.
Os esforços crescentes e contínuos das mentalidades acadêmicas de nossos dias foram evidenciadas neste encontro.
Ouvimos o orador, o reagente, quanto em algumas oportunidades a assembléia presente.
A apresentação de pesquisas sobre as manifestações das civilizações de suas crenças, seus deuses, suas manifestações religiosas, as representações dos deuses perante a humanidade.
Pesquisas sobre a psicologia da espiritualidade, as manifestações populares e as direções trilhadas por estas populações.
Após os debates, pesquisas e exposições, tive oportunidade de interagir com alguns pesquisadores da casa e doutorandos, bem como outros professores, pude reagir como constantemente afirmavam que deveríamos nos sentir provocados. Assim procurei contribuir.
Algumas de minhas afirmações têm caminhos próximos aos das pesquisas e outros bastante diversos.
Perguntei sobre a suspeita que me sobreveio, se estará ocorrendo uma sutil centralização no homem. Se não há uma análise mais como reportagem que por análise dos propósitos e profundidades do tema. Se não estará havendo uma necessidade de tratar mais do campo da fé. Se não há afastamento do foco do profundo do ser quanto a sua infinitude ou seu senso do infinito, fenômeno notável em todas as culturas e alistei a fala de que fala Salomão em Eclesiastes 3:11 quanto a eternidade (OLAM) como atributo do ser humano. Se não podemos estar vivendo uma forma de religiosidade tal como há na Índia onde a democracia espiritual atinge conseqüências tais que quase cada indivíduo tem sua divindade própria e, portanto no caso do Brasil, nos aproximamos deste sistema de crenças. Se ao lançarmos as pesquisas, estaremos adentrando um labirinto tão extenso quanto o sistema também o é e ainda aliado a sua própria capacidade cujo motor é a crença humana e então portanto mutável mensurado e então potenciado pela própria capacidade de alternar esta crença que se desdobra constante e em divindades igualmente atualizadas proporcional a esta mesma velocidade.
A pesquisa é tremendamente importante como igualmente importante é manter uma atividade que pesquisa a idéia de algum padrão no ambiente espiritual mantendo aberta como aberta está a questão para o “diálogo inter-religioso” e o reconhecimento de que novas fronteiras com seus elementos desconhecidos mesmo que causem assombro, afastamento, rejeição e até negação de qualquer possibilidade de diálogo, mantenhamos a linha de criarmos aproximação. Assim é importante para a pesquisa que lhe seja oportuno a aproximação para com a fronteira e para com o padrão neste campo da espiritualidade, a crença e estaremos abrindo a possibilidade de um avanço na direção de transcendermos estas fronteiras.
Procurei afirmar, que devemos estar permitindo deste diálogo, acrescentando que se toda a raça humana tem uma evidente inclinação para a busca do sagrado, fato reconhecido, então há uma unidade básica do fator sagrado no ser humano, e minha afirmação de que o sagrado possa ter uma identidade e uma personalidade, assim como nós a temos e mantemos nesta identidade o sagrado. Este ser, que em si é o sagrado, e então como pessoa que comunica sua condição sagrada ao ser humano tem qualidades que atrai e se identifica com o ser humano para ele. Nossa infinitude e eternidade, são elementos no ser que comungam no campo do sagrado entre o ser-sagrado-nós e o ser-sagrado-OUTRO e podem e devem ser vias de aproximação.
O ser-sagrado-OUTRO e seus atributos pessoais, traz o padrão, a verdade para o ambiente espiritual para dar a direção adequada ao ser-sagrado-nós para que este viva e conduza sua existência conforme parâmetros coerentes e corretos nos ambientes tão importantes quanto quaisquer outros que trilhamos buscando igualmente elementos padrão para que nos norteiem.
Estas reações de minha parte encontraram por sua vez reações tanto contrárias quanto a favor e com possibilidades de continuidade dos diálogos a este respeito.
Em resumo, tivemos uma grande oportunidade muito rica nos encontros pessoais, nas aulas, nos debates, nas provocações e reações, nos cafés, nas conversas descontraídas em alguns momentos de grandes conceituações. E fica uma saudade de novos encontros e então oportunidades.
E enquanto este tempo possa nos favorecer a continuar os estudos juntos, continuamos nossos estudos, pesquisas, trabalhos, nos encontros pessoais, nos estudos em grupos, nas koinonias, nas theoterapias enfim, nos âmbitos onde possamos ir desenvolvendo as pesquisas e as ministrações a nós concedidas pelo ETERNO e por SUA manifestação que de SI mesmo deixa evidente em CRISTO, em SUA PALAVRA, SUAS ESCRITURAS.
Tal percepção estamos trabalhando e continuamos a respeitar, amar, ouvir todos os que procuram com sinceridade conhecer e viver com clareza sua existência, permitindo sempre abertura para tratar de tais profundidades. E temos o temor e igualmente o respeito para com a VERDADE em seguir-lhe os parâmetros e auxiliar a nós e a todos a encontrarem esta VERDADE.
Tais distinções e princípios devem fazer parte de toda ciência em todos os tempos e estar na mente de todos os pesquisadores e de todos que esposam crenças as mais diversas que optam pela VERDADE.
Estes princípios nortearam minha singela fala no colóquio na PUC-SP, onde aprendi imensamente a questão dos diálogos, das fronteiras, das dedicações e interesses pelos detalhes das crenças, e me moveu uma íntima vontade de continuidade no apoio aos que tem se lançado a este árduo trabalho.
Heber Zenun

Programa abaixo: (11/11/2010 = 9:00hrs até 17:00 hrs)
PROGRAMAS DE ESTUDOS PÓS GRADUADOS EM CIENCIAS DA RELIGIÃO - RELIGIÃO E CAMPO SIMBÓLICO O imaginário religioso brasileiro Textos sagrados Psicologia da religião História das religiões Religião como texto Revisão do conceito de cultura e as ciências da religião Prof. Dr. Augusto de Souza Nogueira Prof. Dr. João Edenio dos Reis Valle Dr. Silas Guerriero (Coordenador) Dr. Frank Usarsky (Vice-coordenador)



Email recebido da coordenadoria do Colóquio, por Jefferson Ramalho:
Em 14/11/2010 09:13, Jefferson Ramalho escreveu:
Caros e Caras Colegas,

Queremos agradecer por sua presença no Colóquio de Religião e Campo Simbólico que promovemos na PUC na última quinta-feira!

Em breve teremos novas programações e faremos questão de lhes convidar.

Só para reforçar, nesta terça-feira, dia 16 (após às 14h), os certificados de participação estarão disponíveis na secretaria do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião com a Andréia, no 4º andar do mesmo prédio no qual ocorreu o Colóquio.

Grande abraço!

Cordialmente,
Jefferson Ramalho



Minha resposta ao email:

Olá Jefferson Ramalho...

Não posso me omitir de retornar com esta palavra de igual gratidão pelos momentos que passamos lá na PUC-SP e de grandes aprendizados na comunhão e no exercício do pensamento sobre ítens de relevância primordial para que nos aproximando dos fundamentos estruturais do ser possamos lançar horizontes mais amplos e saudáveis para que este ser recebendo subsídios para reflexões sobre sua própria identidade e direcionamentos adequados a vida que lhe é por imensa dádiva, prossiga em conformidade com os propósitos que lhe são naturais para desfrutar do existir.

Aguardo novas oportunidades para estarmos juntos e continuando por aqui as pesquisas sobre o ser, procurando manter o curso de acordo com nossa escola, com base no conceito theoterápico do ser, onde o centro e razão do universo, é PESSOAL e comunga com bases inteligentes com o ser humano.

Muito grato e igualmente na mesma cordialidade,

Heber Zenun, de Florianópolis, SC

"Sou, logo existo."