Bíblia de Estudos e-Sword

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Fé e Razão...

São distintas, diferentes, incompatíveis mas partes do mesmo ser. O fator distinção e incompatibilidade não significa invalidade, apenas que ambas refletem ambientes também distintos, convivem mesmo incompatíveis, oportunizam ao ser condições para o exercício de suas faculdades. Talvez o debate que procura invalidar um tipo de fé não inteligente e profunda, por uma razão igualmente não inteligente e profunda, coloquem de fato uma idéia de incompatibilidade aliada a invalidade ou anulação de uma ou outra. O debate acirrado que opõe frontalmente a fé e a razão tem encontrado aliados em grandes pensadôres durante toda a história. O elemento especial da razão que necessita igualmente da esperança para que se prossigam as pesquisas, não pode ser confundido com a fé. Igualmente as crenças que fazem parte das pessoas mundialmente não pode ser confundida com a fé. Percebemos então a razão e a esperança que caminham lado a lado para produzir uma continuidade de atos. Percebemos a inclusão da crença que alimenta a busca do ser por algo que o transcenda, assim permitindo que seu ser lhe construa elementos que condizem com suas expectativas para a crença, atribuindo assim inúmeros valôres que se sacramentam das mais diversas formas religiosas. A fé no entando é algo distinto, mas compatível com o ser, embora seu espaço esteja obstruído por estes elementos da discussão, sendo colocadas lado a lado razão, esperança e crença, sendo que estes últimos tomam o nome de fé, dificultando ainda mais o entendimento mais completo entre as pessoas que procuram abordar a questão a partir de seu ponto de apoio, se razão, então neste patamar, se esperança e crença, então neste patamar igualmente, ficando assim alguns defendendo sua incompatibilidade, o que não o é de fato, pois dentro deste campo, para a razão é imprescindível a esperança, nem tanto a crença, mas necessita naturalmente da esperança, para que de posse das funções racionais para a pesquisa, avança exatamente por dispor da esperança. No entanto da crença, que por vezes se mostra multiforme, para um pesquisador, parece incoerente uma vez que a máxima da pesquisa científica admite apenas a verdade como fim último de algum elemento, sendo aceito que somente algo pode ser exclusivamente aquele algo e não outro algo ao mesmo tempo que já é um algo. Desta forma quando se depara com a pluralidade da crença através do mundo, se depara com uma fórmula altamente incompatível com a coerência e com a verdade, pois o princípio que rege a Verdade, é o mesmo que rege a Verdade em toda a esfera da existência, somente uma é a Verdade. Desta forma a crença, neste sentido de se crer, se torna altamente incompatível com o bom senso da pesquisa, a coerência, e justamente nesta área não se pode admitir que todas as crenças sejam verdade, pela exclusão natural que a Verdade causa em todos os aspectos da busca. Evidentemente que se considera que é possível haver uma gama de pesquisadôres por todo o mundo e em todas as épocas que contribuam significativamente em busca da Verdade de determinado assunto, mas isso não significa aceitar que sobre aquele assunto específico ao ser exaustivamente concluída pela Verdade de algo, esta não será outro algo a não ser o que é. Assim, igualmente se torna e com razão incompatível a razão e a crença, uma vez que os parâmetros para a crença em ampla escala até mundial, se aceita, por conveniência ou por boa política, ou por respeito, qualquer crença, de qualquer povo, de qualquer espécie, de qualquer manifestação, como sendo aceitáveis. Tal no entanto se dá por se desconhecer o fundamento último da Verdade que limita a Verdade que deve ser igualmente o objeto da observação do ser e assim se permitir que somente a Esta Verdade se credite como única compatível para se crer, o que nesta via, se denomina por fé, sendo esta a atitude do profundo do ser, quando esta em relação direta com a Verdade última que vindica sobre tudo, mas com a coerência da razão, da esperança e compatível naturalmente a fé. Assim, esta fé, é perfeitamente aliada da razão, embora distinta igualmente, pois pesquisa e se relaciona com elementos que transcendem o campo da razão, mas com a razão é coerente por ascender a própria razão a pensar sobre este tipo de relação com a Verdade última, sendo esta Verdade absoluta e única. Neste sentido e de certa forma dentro dos parâmetros do próprio âmbito da razão, a fé se nutre pela própria e contínua busca da Verdade, e pela limitação do ser, e a imensa amplitude da Verdade última, há campo para pesquisa naturalmente sincera e humilde para apenas e tão somente permitir ao ser ouvir o que a Verdade tem a dizer. É possível que neste ínterim, o ser desenvolva conceitos próprios, e idéias a respeito da Verdade, e sua fé está sendo inteligente ao exercer suas habilidades para esta pesquisa. No entanto, não deverá o ser, arbitrar sobre a Verdade em momento algum, permitindo apenas que suas divagações quando além do que a Verdade já lhe terá revelado, permaneça sob a guarda da Verdade e jamais tomar a forma paralela de alguma verdade ou formar algo como uma verdade paralela mesmo que derive da Verdade Última. Mas a cada desdobrar e desvendar que a Verdade traz ao ser, tudo o que pensar ou tiver desenvolvido, deverá apenas e tão somente se adequar novamente à Verdade, pois nesta via está a nobreza, a dignidade, o respeito, para com a Verdade e para com a existência, permitindo assim que outros possam perceber esta incompatibilidade mas que trabalham juntas para que as funções do ser descansem no saudável campo da isenção e abertura para que sempre e tão somente a Verdade apareça. Esta reflexão procura desenvolver este tema de tal maneira que informa as incompatibilidades e distinções tão somente como elementos naturais de um mesmo ser, e não há sentido em procurar provar que a Razão e a Fé devam ser compatíveis. São distintas, incompatíveis, no sentido da distinção, não cabendo a razão ter algo a ver com a fé, e nem a fé ter algo a ver com a razão, esta abordagem não traduz a realidade de cada um destes elementos. O que temos é elementos distintos que em sua distinção, em cada ato seus, concentram-se em desenvolver suas distintas funções para suas distintas habilidades. Mas como todo o ser, em seu fim último, cooperam conjuntamente, mesmo distintos e incompatíveis para o bem do ser. No ambiente da fé, que é distinta da esperança e da crença, na relação direta com a Verdade, o ser está exposto a Verdade última em algum grau de exposição, que o envolve com elementos além da razão, embora não absurdos e nem irracionais no sentido de alguma tolice, mas apenas que o entendimento humano está diante do Fenômeno Último que de fato recebe o nome de Razão de tudo, a Verdade Última de tudo, não é a razão humana aqui e nem por ela pode ser alcançada, mas por esta Verdade Última somos alcançados, esta Verdade Última e Razão, por ser assim como É, assim como tudo que deriva desta Razão e nos alcança na razão dos elementos que observamos, somos igualmente alcançados em profundidade pessoal por esta Razão e Verdade Última, que está acima de nosso entendimento, mas para o qual somos compatíveis. Esta Razão e Verdade Última na verdade é Pessoal assim como somos pessoa e toda a pesquisa racionalmente humana nos fornece um elemento apoteótico que procuramos encontrar a explicação do tudo conforme a procura da "teoria do tudo" como afirmam David Deutsch e Brian Greene em suas obras "A essência da realidade" e "O universo elegante, Supercordas, dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva". Em posição juntamente com estes argumentos, embora em nível da fé, a afirmação da fé aponta para a Pessoa como a Razão Última e a Verdade, como alvo e objeto da fé, e nesta essência se ultrapassa e vai além das vias da razão humana embora por ela tenha seu aspecto coerente se for feito uma redução compreensiva a partir das pressuposições e averiguações improváveis dos elementos. Enfim, esta discussão tem por objetivo manter a coerência sustentável da incompatibilidade e validade e realidade destes elementos na existência do ser.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu