“ANO NOVO”...
O tempo é uma plataforma, um elemento, um fenômeno que traz
condições para que a humanidade exerça sua existência com as características
que temos como pessoas...
O tempo em si mesmo não tem atributos além do que lhe é
natural...
O tempo não traz o que é bom ou o que é ruim...
O tempo não faz chegar novas possibilidades...
O tempo não é personalizado, não é uma pessoa...
O ser humano transfere facilmente uma personalidade para
animais, para objetos, para elementos quaisquer, como natureza, até mesmo
chamando-a de mãe, chamando animais de filhos e o tempo não seria diferente,
recebe a transferência das expectativas, das esperanças...
No entanto o tempo não tem esta competência. Sua importância
é grande, mas tem sua simplicidade e mesmo que receba toda carga de expectativas
humanas como se fosse um “alguém” chegando com muitas novidades, não é desta
forma...
O equívoco da transferência ou alteração de significados
afetando a visão de vida, vai afetar diretamente o proposito e a continuidade
da vida...
Esperar o que do “ANO NOVO” ?
“ANO NOVO” é um aspecto do tempo...
“Vaidade de vaidades, diz o PREGADOR; vaidade de vaidades,
tudo é vaidade. Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se
afadiga debaixo do sol?” (Eclesiastes 1:2-3).
Se a visão de vida do ser humano estiver equivocada, como
dissemos, se estiver afetada pela ideia sobre o tempo, sobre o próprio trabalho,
como finalidades em si mesmos, esta plataforma não tem estrutura para esta
dimensão de construção de vida.
A vida do ser humano não é dignificada pelo tempo ou pelo
trabalho em si mesmos...
Se tão somente o ser humano atirar para estas plataformas a
visão de que está no tempo ou nas suas realizações, nas suas conquistas o
fundamento de sua vida, estará atirando a si mesmo em um vazio, em um abismo.
O tempo, os trabalhos, as realizações, as conquistas, tem
seu valor, mas não podem ser alterados, nem para menor, nem para maior do que
de fato valem...
“Geração vai e geração vem; mas a terra permanece para
sempre. Levanta-se o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, onde nasce de
novo. O vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte, volve-se, e
revolve-se, na sua carreira, e retorna aos seus circuitos. Todos os rios correm
para o mar, e o mar não se enche; ao lugar para onde correm os rios, para lá tornam
eles a correr. Todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode
exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir. O
que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há,
pois, novo debaixo do sol.” (Eclesiastes 1:4-9)...
O que a humanidade é chamada a observar é que as coisas, os
elementos, os fenômenos como o tempo, as realizações humanas em si mesmas podem
ser proveitosas se não assumirem outras funções além do que tem.
Centralizar nas coisas ou no tempo as expectativas, as
esperanças e até a fé do ser humano é estar tomando a via da frustração.
O tempo não pode trazer nada novo...
Nos trabalhos, nas realizações, nas conquistas, mesmo com
seu valor agregado da própria realização, estas não tem a amplitude para ser
para o ser humano o elemento de realização última... Se isso for esperado pelo
ser humano, apenas encontrará o vazio.
Em recente entrevista Warren Buffet nos USA, um dos mais
ricos do mundo, afirma que gostaria que alguém, qualquer um, quando tinha 18
anos e se atirou freneticamente em busca do seu primeiro milhão de dólares lhe
avisasse que no topo não tem nada... Afirma Warren Buffet que hoje com mais de
80 anos e dono de uma das maiores fortunas do mundo, ele, com todo seu
dinheiro, não pode comprar uma coisa: O tempo... Tempo para andar no parque com
seu filho... Tempo para passear com sua esposa... Tempo para andar com a
família... Tempo para ficar em casa com eles...
Certa vez JESUS afirmou também sobre tal equívoco:
“Tende cuidado e guardai-vos de toda espécie de cobiça;
porque a vida de um homem não consiste na abundancia de bens que ele possui”
(Lucas 12:15)...
Sejam bens materiais, dotes físicos, saúde, tempo...
A ganância, avareza, cobiça, o centro de sua forma de ver a
vida, o que lhe dará direção pela forma de pensar, tendo sido alterada pelo
desenfreado desejo pessoal de lidar com as coisas como realidades últimas, são fatores
que embaçam a visão do ser para uma visão da realidade na qual deve buscar
constituir e construir sua vida...
Esta forma de ver a vida é “correr atrás do vento”
(Eclesiastes 2:26)...
O ser humano necessita de habilitação na medida e na
profundidade na qual é constituído ser...
Sua vida com uma amplitude de dimensão eterna a partir de
sua criação, tendo o atributo de “OLAM”: “... pôs a eternidade no coração do
homem” (Eclesiastes 3:11)...
Esta estrutura do ser carece de habilitação que somente o ETERNO
pode dar ao ser humano...
ANO NOVO... TEMPO NOVO...
O ser humano não precisa de um ano novo...
O ser humano não precisa de um novo tempo...
A complexidade humana é de tal dimensão que vivemos de forma
multipolar, uma multipolaridade... Não apenas bipolaridade, não apenas
bipolar... Mas multipolar:
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo
propósito debaixo do céu: Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de
plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de
prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de
ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar de abraçar; tempo de buscar
e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e
tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo
de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.” (Eclesiastes 3:1-8)...
As dimensões em que uma vida humana é exigida são
tremendamente amplas e complexas.
A multipolaridade é inevitável...
Mas se o ser humano alterar os fundamentos da vida e onde
deve estar estruturada sua vida, incorrerá esvaziamento em si mesmo e em rota
de colisão com a fatalidade para si mesmo é a advertência da existência, a advertência
de Salomão, a advertência de DEUS...
Nas polaridades pelas quais passamos no
espaço-tempo-história de nossa vida, observamos que “há tempo para todo
propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1)...
E neste momento, neste tempo, nesta polaridade, somente DEUS
pode tornar “formoso” (Eclesiastes 3:11):
A palavra que DEUS utiliza nos faz saber que somente DEUS
pode conduzir em meio a qualquer situação de tal forma que não haverá excessos,
as condições não extrapolarão seus limites em nós mesmos, sejam os momentos de
conotação positiva ou os de conotação negativa. Eles não sairão do controle e
fronteiras de tal forma que nos conduzam a devastação do ser. Deus fez tudo com
seu devido peso e potência e não deixará que cada elemento extrapole seu limite
e ao ser humano que está sob a orientação do ETERNO, a este será dada a
condição de passar por todas as situações suportado pelo preparo que advém da
relação com o ETERNO que forma os elementos necessários no ser para que este
ser tenha a fibra necessária para além de suportar cada peso de cada situação,
possa transpor cada uma destas situações de forma sadia...
Assim em DEUS o nascimento de alguém será formoso (Dentro de
seus limites e termos)...
Em Deus a morte de alguém será formosa (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus o que se planta será formoso (Dentro de seus limites
e termos)...
Em Deus o que se colhe será formoso (Dentro de seus limites
e termos)...
Em Deus os tempos de morte serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos de cura serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos de desconstrução serão formosos (Dentro de
seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de construção serão formosos (Dentro de
seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de chorar serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos de rir serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos de tristeza serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos de saltar de alegria serão formosos (Dentro
de seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de abraçar serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos em que não se abraça serão formosos (Dentro
de seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de buscar serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos em que perdemos coisas serão formosos (Dentro
de seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de guardar serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos de utilizar o que guardamos serão formosos
(Dentro de seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de estar calado serão formosos (Dentro de
seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de falar serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos de amar serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Em Deus os tempos em que estamos aborrecidos serão formosos (Dentro
de seus limites e termos)...
Em Deus os tempos em que houver guerras serão formosos (Dentro
de seus limites e termos)...
Em Deus os tempos de paz serão formosos (Dentro de seus
limites e termos)...
Somente DEUS pode conduzir adequadamente a vida de tal forma
que em todas as multipolaridades pelas quais passamos e estamos ou estaremos
sujeitos, serão conduzidas de tal forma que elas não causarão em nós peso além
do que deve causar. Nós não seremos conduzidos ou arrastados para as fronteiras
além de cada situação ou aquém de cada situação para que fiquemos ou deprimidos
e apáticos ou eufóricos e descontrolados e massacrados pelas situações...
A multipolaridade humana acontece em meio ao tempo, as eras,
aos anos...
Não é o ANO NOVO que trará o que é bom ou o que é ruim...
Não é o desejo de um FELIZ ANO NOVO que alterará as
condições que ocorrerão em nossos dias...
Mas é a urgente volta e condição do ser humano em se
permitir conduzir e andar com o ETERNO DEUS que lhe darão as condições para que
não esteja sujeito as circunstâncias sem que a fibra das estruturas de sua
complexa vida esteja em forma para viver seus dias, seu tempo, seu ano de forma
formosa...
Deus de que nos fala a ESCRITURA infelizmente tem sido
confundido notavelmente pela mentalidade que atira a ideia de DEUS ao campo
religioso, ao campo do exotérico, ao campo da espiritualidade...
Normalmente não se vê confundirem um engenheiro, um
arquiteto, um médico, um construtor, um professor, etc. , com alguma questão
religiosa. Não é normal ao depararmos com uma planta de um prédio, uma ponte,
um navio, um avião, etc., afirmarmos que se trata de um campo religioso então
não aceitamos...
Mas quando o ETERNO CRIADOR o ÚNICO DEUS afirma em SUA
PALAVRA a engenharia e as estruturas do ser que somente por SUA intervenção
cirúrgica e nas estruturas profundas do ser poderão transformar, dar condições
e conduzir o ser humano adequadamente neste tipo de VIDA que somente ELE faz
ocorrer, é quase inevitável que muitos imaginem esta área ou confundam esta
questão com o campo religioso ou afins...
O ETERNO, o DEUS, em momento algum conduziu a mentalidade
humana em relação a ELE como sendo algo no nível religioso.
O que se vê é o ser humano por não conhecer a DEUS criar as
religiões a sua imagem e semelhança, buscando um tipo de resolução das questões
profundas pelas criativas formas religiosas com que trata o assunto, mas
igualmente ineficazes para lidar com tal complexidade de construção do ser...
Agora estamos diante do término de uma etapa no tempo,
convencionamos em nossos calendários ocidentais que está terminando 2012 e
estamos para entrar no tempo chamado por nós de 2013...
Muitas serão as manifestações de diversos tipos entre os
seres humanos...
Muitos personificando o tempo o chamarão como que de alguém
que traz muitas possibilidades...
Outros o saudarão como um alguém que chega e desejarão a
outros um “Feliz Ano Novo”...
Mas lamentavelmente a humanidade em meio a imensa quantidade
de desvios da via correta com que deve tratar o tempo, com que deve tratar sua
vida dentro do tempo, tem seus ouvidos já acostumados de tal forma a esperar no
“nada” de um tempo que imagina pode ser melhor que o que já viveu até aqui pelo
próprio mistério em que envolve o tema tempo e “ano novo” que se manterá a
deriva navegando em um vazio apenas aguardando o naufrágio ainda que em um “Titanic”
que a humanidade conseguiu construir para si mesma para empreender esta
navegação sem rumo...
No entanto não precisa ser assim...
Parar para ouvir o CHAMADO DO ETERNO DEUS que em CRISTO nos
fez a “sua imagem e semelhança” e em CRISTO nos transforma, dando-nos os
atributos e preparo necessário para lidar com a multipolaridade humana na
existência, seremos conduzidos em nossa identidade, significado e propósito de
forma saudável indo para nosso destino correto, onde cada momento se somos o
propósito manifestado, o resultado em vida de forma saudável existindo...
Evidente que para muitos que o CHAMADO DO CRIADOR é deslocado no ser profundo de seu
ser, o quase inevitável resultado é manter o curso em que está sem pensar muito
e ir conduzindo sua existência pela sua própria imaginação que julga mais
adequada que a do CRIADOR e DEUS ETERNO...
Talvez seja tarde para muitos... Mas... Talvez não seja
tarde para alguns...
heber, pastor e professor...
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